Do Rio de Janeiro.
Por Jonas Moura.
Um Brasil oscilante e uma seleção
norte-americana despreocupada. Nem parecia reta decisiva de um dos torneios
mais importantes do vôlei mundial. Atuando com seu time B, já pensando nos
Jogos de Londres, os Estados Unidos assistiram a um começo apático das atuais
campeãs olímpicas na abertura da fase final do Grand Prix de vôlei feminino, nessa quarta-feira,
em Ningbo, na China. Depois, as comandadas de Hugh McCutcheon até sentiram o
crescimento das oponentes, mas conseguiram a vitória, por 3 sets a 2, e
mantiveram a invencibilidade na competição. As parciais foram 25/19, 25/20,
20/25, 13/25 e 15/13, em 2h05 de jogo.
Apesar do resultado negativo para
o Brasil, o ponto conquistado pela derrota no quinto set deixou a equipe na
quarta colocação, atrás das norte-americanas. Quem lidera a tabela é a China,
que derrotou Cuba por 3 a 0, seguida pela Turquia, que teve trabalho para
vencer a Tailândia, por 3 a 1. Amanhã, o Brasil enfrenta as donas da casa, às
8h30m de Brasília.
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| Fernandinha tenta armar ataque do Brasil. Levantadoras brasileiras não tiveram boa exibição. (Foto: Divulgação/FIVB) |
O jogo
Mesmo abrindo 4/1 no início de
partida, as brasileiras não convenceram. A insegurança na recepção, que
incomodava até quem domina com facilidade o fundamento, como Jaqueline, travava
o trabalho da equipe verde-amarela na virada de bola. Logo Alisha Glass colocou
sua seleção à frente, com um bloqueio, e os ataques da ponteira Richards deixaram os Estados Unidos em ótima vantagem no
marcador (17/11). Nenhuma das levantadoras brasileiras conseguia acertar a mão para fazer o time derrubar a bola de primeira. Foi
com Hodge que as americanas, muito confiantes, venceram o primeiro
set, por 25/19.
Pouco agressivo e insistindo em
largadas telegrafadas, o Brasil viu Glass bloquear Garay, que entrara no lugar
de Paula, selando 8/2 no momento da primeira parada técnica. Um lance reanimou
as brasileiras, quando Fabí salvou uma bola com muito esforço e Sheilla contra-atacou
bem. O Brasil chegou a vencer por 16/13, mas logo os Estados Unidos se
recuperaram, marcando quatro pontos seguidos e desestabilizando novamente o
passe brasileiro. Uma largada equivocada de Mari definiu o placar: 25/20.
No terceiro set, ficou evidente o
crescimento de algumas jogadoras da equipe brasileira, como Sheilla e
Jaqueline. Ao mesmo tempo, Hodge e cia pareciam perdidas, sem a mesma confiança
do início. Diante disso, McCutcheon trocou Richards por Barboza, mas pouco
adiantou, e a oposta brasileira explorou para fazer 8/4. Outra que começou a aparecer
foi Fabiana. Nula no ataque, mas muito eficiente no bloqueio, a central impediu
o ataque de Bown pelo meio e de Barboza pela ponta, ajudando o Brasil a vencer
por 25/20, no bom ataque de Mari.
Um erro de Hodge deu de graça o
quinto ponto brasileiro no quarto set (5/1). O panorama se mantinha, com as
brasileiras dominando completamente a disputa. Fabíola e Thaisa bem no
bloqueio, um acúmulo de erros das americanas, dois ataques para fora de Haneef,
tudo dava certo para um lado e errado para o outro. Em ótima combinação de
Fernandinha com Mari, o Brasil fez 25x13 e forçou o tie-break.
Era mais um tie-break
disputado pelas brasileiras nesse Grand Prix. E não demorou para que a equipe
mostrasse a experiência de quem já havia disputado outros cinco no torneio. Com
bons saques de Thaisa e ótimas definições de Paula, o Brasil fez 5/3 e forçou McCutcheon
a parar. Paula seguiu bem, mas Hodge fez as norte-americanas empatarem (8/8). A
partir daí, o Brasil deixou a qualidade que vinha apresentando de lado. Um
ataque errado de Sheilla, um levantamento espetado de Thaísa e um passe ruim de
Fabí foram prejudiciais. Com 15/13, após uma china de Bown, os Estados Unidos venceram mais uma.
BRASIL:
Começaram:
Fabíola (2), Sheilla (22), Paula Pequeno (14), Jaqueline (12), Fabiana (9) e
Thaisa (11). Líberos: Fabi e Camila Brait
Entraram: Fernandinha (1), Mari (2),
Adenízia (2) e Fernanda Garay (2)
Técnico: José Roberto Guimarães
ESTADOS
UNIDOS:
Começaram: Alisha Glass (5), Metcalf (15),
Hodge (16), Richards (8), Harmotto (11) e Bown (14). Líbero – Davis
Entraram: Miyashiro, Haneef-Park (2),
Thompson (1)e Barboza (3)
Técnico: Hugh McCutcheon
Classificação do torneio - fase final (clique para ampliar):
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| Fonte: site oficial da FIVB |
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