Do Rio de Janeiro.
Por Pedro Muxfeldt.
25/06/2012 - Se existe hora certa para marcar gols, a
Ponte Preta descobriu esse momento na partida deste domingo (24). Na vitória por 2 a
1 sobre o Botafogo, fora de casa, a Macaca anotou seus tentos em duas
oportunidades fundamentais, em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro, aos 15 da etapa inicial, saiu quando o
Botafogo mais pressionava. Já o segundo aconteceu logo no começo do segundo
tempo, com o jogo empatado.
O Botafogo iniciou a partida com a bola nos
pés. Contudo, a equipe aparentava grande nervosismo, o que ocasionava seguidos
erros de passe e poucas oportunidades de gol. Com os meias apagados, a bola mal
encontrava o isolado Loco Abreu, voltando à equipe após servir à seleção
uruguaia. A melhor chance criada foi em chute cruzado de Andrezinho que o
goleiro Edson Bastos defendeu sem problemas, aos 3 minutos.
A Ponte Preta, com os ânimos controlados,
se defendia, aguardando uma bobeada do Botafogo para sair em contra-ataque. A tática
da Macaca mostrou-se correta aos 15 minutos. Márcio Azevedo perdeu a bola na
lateral e dois toques depois, Nikão, estreando como titular, driblava Jefferson
antes de empurrar a bola para o fundo das redes.
Se a tensão já tomava conta do quadro
alvinegro, a situação só piorou após o gol sofrido. Os mais de seis mil
torcedores presentes ao Engenhão passaram a vaiar fortemente, aumentando o
desespero da equipe. Isto, aliada à marcação ferrenha dos campineiros, rareou
ainda mais as chegadas do Bota.
Na única chance clara de gol, porém, saiu o
empate. Márcio Azevedo invadiu a área e foi derrubado. Andrezinho, novo
cobrador de penalidades do time, deslocou o goleiro com categoria e recolocou a
igualdade no placar.
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| Ricardinho vibra com seu gol, o segundo da Ponte. (Foto: Bruno de Lima/LANCENET!) |
O gol animou os cariocas que voltaram do
vestiário com muita vontade. Entretanto, apesar do ímpeto ofensivo, o time da
Estrela Solitária esbarrava, de novo, nos passes errados do meio-campo,
principalmente de Fellype Gabriel e Vitor Júnior. Fiel ao seu plano de jogo, a
Ponte esperou a hora certa e foi premiada. Após rápida troca de passes, Ricardinho,
aproveitando desatenção da zaga, apareceu livre dentro da área e bateu cruzado,
sem chances para Jefferson.
Com seu time novamente em desvantagem,
Oswaldo de Oliveira lançou Elkeson e Maicosuel no lugar dos inoperantes Loco
Abreu e Fellype Gabriel – este último saiu tarde, aliás. A essa altura do
campeonato, porém, o Bota já estava abatido. Os donos da casa tentaram ir à
frente na base do abafa, porém, desprovidos de uma referência no ataque, a bola
era sempre recolhida pela zaga da Ponte.
Senhora do jogo, a Ponte Preta trabalhava a
bola em seu campo de defesa e deixava o relógio correr. A falta de criatividade
do meio-de-campo alvinegro travava o time e foi assim, sem assustar o gol
adversário, que o Botafogo viu o jogo terminar.
Na próxima rodada, a Ponte, invicta a cinco
jogos, segue no Rio de Janeiro. O adversário dessa vez é o Vasco da Gama,
jogando em São Januário. Já o Botafogo, com o adiamento da partida contra o
Corinthians, volta a campo daqui a duas semanas quando recebe o Bahia, no
Engenhão.

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