De Belo Horizonte.
Por Matheus de Oliveira.
09/04/12 - O resultado não foi bom para qualquer dos lados. O Galo precisava lavar a alma de seu torcedor após o vexame no último clássico. O Cruzeiro tinha como objetivo pegar a liderança do Mineiro e conquistar vantagens para a fase seguinte, o que só conseguiria com a vitória. Em mais um clássico com torcida única, desta vez a alvinegra, o Atlético saiu na frente e abriu dois gols de vantagem. A festa estava armada. Mas no segundo tempo, o Cruzeiro fez-se estraga prazeres e emudeceu os atleticanos ao arrancar um empate.
A expectativa inicial estava voltada para as escalações. Cuca surpreendeu e entrou com Bernard, que fez sua primeira partida após contusão, e Filipe Souto, no lugar de Leandro Donizete, que havia sentido dores musculares no sábado. Vagner Mancini foi ousado e permaneceu com o esquema que vêm dando certo, com três atacantes.
Foto: Bruno Cantini/Atlético |
Primeiro tempo
A partida começou quente. Aos quatro segundos, Filipe Souto cometeu falta dura em Montillo. No terceiro minuto, Wellington Paulista e Renan Ribeiro se estranharam e foram amarelados. O árbitro, que já entrara pressionado, pôde sentir em pouco tempo, que não teria vida fácil.
Com a bola rolando, o Atlético era superior. A equipe era veloz no ataque e o Cruzeiro pecava na saída de bola. A primeira grande chance foi atleticana. Guilherme invadiu a área, ficou cara a cara com Fábio e chutou, mas o pé salvador de Léo mandou para córner. O merecido gol saiu aos 23. Richarlyson cruzou da intermediária e Danilinho apareceu livre para cabecear no canto direito de Fábio.
O Cruzeiro não conseguia invadir a área atleticana. Montillo ficava sobrecarregado na armação das jogadas. Em nova participação de Danilinho, o Atlético marcou o segundo, aos 38. O meia recebeu ótimo passe de Guilherme, invadiu a área e, na saída de Fábio, deixou André de frente para o gol. O artilheiro não perdoou.
Foto: Bruno Cantini/Atlético |
Para o segundo tempo, Vagner Mancini tirou Marcos, um dos piores em campo, e colocou Everton, deslocando Diego Renan para a lateral-esquerda. Wallyson deu lugar a Roger e a equipe postou-se no 4-4-2. Deu certo. Anselmo Ramon, de cabeça, após cruzamento de Diego Renan e saída errada de Renan Ribeiro, diminuiu, aos 14.
O gol colocou ativou o Cruzeiro. A busca pelo empate foi natural e o Atlético acuou-se perigosamente. Paulista em chute cruzado quase marcou um golaço. O Galo respondeu em arremate de Souto que acertou a trave. O rebote foi desperdiçado por Guilherme, que mandou por cima. Mais uma polêmica surgiu em torno da arbitragem: Roger deu uma cotovelada na nuca de Danilinho. O árbitro marcou falta, mas apenas amarelou o armador cruzeirense.
O empate estrelado, que parecia amadurecer, aconteceu. Montillo lançou espetacularmente Anselmo Ramon. O centroavante dominou e bateu cruzado, rasteiro, para igualar. O Atlético chegou a balançar a rede com Danilinho, mas o jogador estava em posição irregular. Pierre, que já estava amarelado, cometeu falta em Montillo e foi expulso. No momento, uma garrafa pet foi atirada no gramado da Arena. Cuca colocou Luiz Eduardo no lugar de Guilherme, para não perder poder defensivo.
Mesmo com um a menos, o Atlético cresceu na partida e buscou o terceiro gol, mas a equipe não contava com jogadores altos para colher os cruzamentos. O Cruzeiro postava-se para os contra-ataques, mas o resultado não foi alterado.
Com o empate o Atlético permanece na liderança, com 28 pontos. O Cruzeiro é o segundo colocado, com 25. Chegamos à última rodada da fase inicial do Mineiro. Todas as partidas serão disputadas às 16h deste domingo. Os alvinegros encaram o Tupi, em Juiz de Fora. Os celestes recebem o Uberaba, em Sete Lagoas.
0 comentários :
Postar um comentário