quinta-feira, 5 de abril de 2012

Fla perde jogo que estava na mão e se complica na Libertadores

Do Rio de Janeiro.
Por Bernardo Peregrino.


05/04/12 - À espera de um milagre. Essa é a situação do Flamengo na Taça Libertadores da América, após a derrota para o Emelec, por 3 a 2, no estádio George Capwell, em Guaiaquil, na noite desta quarta-feira (4). O rubro-negro foi para o intervalo vencendo por 2 a 1, mas, no meio do segundo tempo, uma alteração desastrosa de Joel Santana chamou o Emelec para pressionar o Flamengo e conseguir a vitória. Agora, o time da Gávea precisa vencer o já classificado Lanús, quinta que vem, no Engenhão, e torcer para que Olimpia e Emelec empatem, em Assunção. Essa combinação deixaria o Flamengo com 8 pontos, na segunda posição do Grupo 2.
Figueroa (dir.) e Gaibor (esq.), os autores dos gols do Emelec
(Foto: Gary Granja/Reuters)

Pelo menos a princípio, Joel Santana deixou a sua conhecida cautela de lado e repetiu a escalação usada no domingo passado, contra o Bangu, com Botinelli, Ronaldinho, Deivid e Vágner Love formando o quarteto ofensivo. No entanto, o Flamengo começou o jogo disperso, entregando algumas bolas para o Emelec. O time equatoriano quase aproveitou, num lance no primeiro minuto de jogo. Muralha errou na saída de bola e De Jesus quase conseguiu desviar um chute vindo de fora da área. Depois disso, o Fla se acalmou e chegou ao primeiro. Numa bela jogada de contra-ataque, Deivid achou Léo Moura sozinho pela direita. O lateral bateu cruzado e contou com o desvio para vencer Dreer, aos 7 minutos.

O Flamengo teve chances de aumentar, aproveitando a fragilidade defensiva do Emelec. Porém, os equatorianos levavam muito perigo em bolas levantadas na área. E foi assim que o time da casa chegou ao empate: numa cobrança de escanteio pela esquerda, Figueroa subiu mais alto do que Welinton e igualou o placar, aos 33. Apesar do gol, o Emelec esbarrava nas suas próprias limitações e dava campo para o Flamengo. Com 42 minutos jogados, o rubro-negro aproveitou. Numa bonita tabela entre Ronaldinho e Júnior César, o lateral foi à linha de fundo e cruzou na medida para Deivid fazer o segundo.

Tudo levava a crer que o jogo estava na mão do Flamengo, mas o segundo tempo trouxe desagradáveis surpresas para a torcida do time da Gávea. A exemplo dos últimos três jogos, o Fla cansou e, praticamente, parou de jogar na etapa final. O Emelec, aproveitando-se dessa situação, fazia a sua especialidade: alçava bolas na área. Quem levava mais perigo era o autor do gol, Figueroa. Para completar o cenário, Joel Santana fez uma substituição totalmente equivocada: tirou Deivid para colocar o zagueiro Gustavo, aos 23, chamando o adversário e enterrando qualquer chance de contra-ataque. O Flamengo ainda tentou responder ao abafa do Emelec, quando Love recebeu um passe de Muralha e perdeu ótima chance, aos 29.

De tanto martelar, o Emelec chegou ao empate. Em mais uma bola lançada pelo alto, Figueroa, de novo, ganhou pelo alto e tocou no canto de Felipe, aos 37. Por incrível que pareça, a vaca rubro-negra não tinha acabado de ir para o brejo. Willlians fez pênalti infantil em Mena, aos 43. Na cobrança, Gaibor cobrou para garantir a vitória do time equatoriano. Como se não bastasse a derrota, o Flamengo conseguiu mais duas proezas: tomou três gols de um time que, até esse jogo, só havia marcado uma vez na Libertadores, e foi o primeiro time brasileiro a ser derrotado pelo Emelec. Agora, haja reza para São Judas Tadeu.

EMELEC: Esteban Dreer; Morante, José Quiñones (Mina, 13'/2ºT), Achilier e Bagui; Valencia (Mena, 11'/2ºT), Gaibor, Pedro Quiñones e Giménez; Luciano Figueroa e Marlon de Jesus (Mondaini, 18'/2ºT). Técnico: Julio Marcelo Freitas.

FLAMENGO: Felipe, Léo Moura, Welinton, Marcos González e Junior Cesar; Muralha (Luiz Antonio, 34'/2ºT), Willians, Bottinelli (Magal, 33'/2ºT) e Ronaldinho; Deivid (Gustavo, 21'/2ºT) e Vagner Love. Técnico: Joel Santana.


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