De Fortaleza.
Por Anna Nathália Simões.
A belíssima festa feita em Fortaleza antes, durante e depois do clássico nordestino fez jús ao espetáculo que o time da casa deu em campo. 4 a 0 sem maiores dificuldades, em favor do Leão. Aos torcedores cearenses, o êxtase de uma noite histórica, inesquecível. Aos pernambucanos, a certeza de que o time do Náutico precisa melhorar muito pra enfrentar a Série A e enfim agradar sua torcida. Que não está nada satisfeita...
Desde o início do jogo, o Fortaleza foi para cima. Empurrado pelos quase 18.000 pagantes que tri-coloriam o PV (segundo melhor público da Copa do Brasil, até então), o Leão pressionava e obrigou o goleiro Gideão a fazer grandes defesas logo nos primeiros instantes da partida. O primeiro gol veio logo aos 15 minutos. Cléo Paraense iniciou a jogada e o lateral-direito Rafinha chegou pra finalizar com precisão. O PV já tremia, quando, dois minutinhos depois, Cléo tentou fazer o dele. A bola bateu no travessão, mas sobrou com o centro-avante pernambucano Jaílson, que não perdeu a oportunidade de ampliar a festa. Com 17 minutos, 2 gols na conta do Fortaleza.
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| Fortaleza venceu o clássico, em noite de casa cheia. FOTO: Site Oficial do Fortaleza. |
O timbu tentou reverter. O Náutico começou a ameaçar o goleiro João Carlos, que teve que se desdobrar e fazer grandes intervenções. Uma delas num grande lance do atacante Siloé (ex-Ferroviário e Horizonte). O zagueirão Ciro Sena ainda tirou e cima da linha outro lance de muito perigo. Uma das tentativas do time pernambucano com Dorielton entrou no gol, mas a arbitragem da partida assinalou impedimento no lance. Apesar do crescimento do visitante, o jogo foi para o intervalo sem alterações no placar.
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| Náutico chegou a pressionar, mas não converteu em gols. FOTO: Divulgação |
O Náutico voltou forte para a segunda etapa, mas também não teve vida fácil com a marcação bem postada do Fortaleza. No entanto, a pressão foi se apagar com o Tricolor de Aço indo para cima novamente, equilibrando as chances. Aos 21, Esley lançou Jaílson que sofreu pênalti. Perfeitamente convertido pelo experiente Geraldo. O gol do G-38 voltou a pôr fogo nas arquibancadas.
Ainda tinha mais. Desnorteado, o alvi-rubro descuidou da defesa e o baixinho Cléo recebeu na área, mandando pro gol e fechando o placar em 4 a 0. A cambalhota, já tradicional, não podia faltar. Para delírio geral. E para desespero do Náutico também, é verdade...
Na quarta-feira que vem, novo clássico, agora nos Arflitos, em Recife. O Náutico precisa fazer milagre: vencer por 5 gols de diferença. O classificado enfrentará o Grêmio, pelas oitavas de final.
FICHA TÉCNICA:
Fortaleza
João Carlos, Rafinha, Ciro Sena, Cleber Carioca e Kauê; Jefferson (Lucas), Esley (Gilmak), Marielson e Geraldo (Bismarck); Jailson e Cléo. Técnico: Nedo Xavier
Náutico
Gideão, Diego Bispo, Marlon e Ronaldo Alves; Marquinho, Eli Carlos, Derley, Eduardo Ramos (Leno) e Jefferson (Filipi); Siloé (Rodrigo Tiuí) e Dorielton. Técnico: Levi Gomes.
Árbitro: Elmo Alves
Assistentes: Jesmar Benedito e Izac Márcio
Cartões amarelos: Derley (N), Esley (F), Siloé (N), Ciro Sena (F), Dorielton (N), Lucas (F), Cléo (F)
Público total: 18.790 pessoas
Renda: R$ 273.773,00
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