De virada para a liderança isolada, Galo bate Coelho e segue 100%

De Sete Lagoas. 

O histórico clássico entre Atlético e América já rendeu muitas partidas de alto nível para seus torcedores. Desta vez, a tradição não se repetiu. As equipes fizeram um jogo aquém do esperado. O Atlético foi melhor e mereceu a vitória. O América entrou em campo para marcar o Atlético e só depois pensar em jogar. O resultado de 2 a 1 pró alvinegros foi justo, mas nada que anime os atleticanos.

Foto: Bruno Cantini/Divulgação

O primeiro tempo foi todo comandado pelo Galo que, sem Danilinho, entrou com Neto Berola. Com ele, o time de Cuca atuava com 3 atacantes, sendo Berola pela direita, André pelo meio e Escudero pela esquerda. Mancini armava as jogadas, ou pelo menos tentava. O domínio absoluto dos atleticanos ficava evidente a cada chance criada, mas a falta de precisão também, a cada oportunidade perdida pelo ataque.

Só na etapa inicial, Berola pôde abrir o marcador duas vezes. André parou em Neneca. Escudero também. O América marcava e não conseguia sair para o jogo. A situação ficou ainda pior quando Leandro Ferreira foi expulso ao acertar Richarlyson com um chute, aos 42. Jogadores, torcedores, comissão técnica e dirigentes alviverdes ficaram na bronca com a arbitragem.

Para o segundo tempo Cuca tirou Pierre, que estava amarelado, e colocou Serginho. Com um jogador a menos, o América conseguiu ser melhor do que com 11 em campo. O time de Givanildo jogou ainda mais fechado com a entrada de China e Caio nos lugares de Luciano e Adeílson, ainda no primeiro tempo.

A retranca do Coelho dava certo. Aos 10, o América abriu o placar com Fábio Júnior. Kaio lançou Moisés que dividiu com Renan Ribeiro. O goleiro não chegou na bola que sobrou limpa para o centroavante mandar para o gol. Após o tento, o Atlético lançou-se para o ataque, mas parava no congestionamento que virou a entrada da área americana.

Espaço correspondente à torcida americana ficou vazia, mesmo assim, a PM não o liberou para os atleticanos. Foto: Bruno Santana/Geral das Alterosas

Cuca quis arriscar, afinal, não tinha nada mais a perder, com o placar a favor do adversário. Tirou Mancini e Richarlyson e colocou Danilinho e Guilherme. Com os dois, o Atlético conseguir chegar ao ataque com maior organização. Guilherme, na primeira bola que pegou deu trabalho a Neneca. Neto Berola, que fez péssimo primeiro tempo, já estava cansado no segundo e pouco acrescentava. Bryan dava trabalho a Marcos Rocha nos contra-ataques.

De tanto insistir, o Atlético chegou ao empate. Aos 35, Danilinho chutou, a bola bateu na defesa e sobrou para Guilherme que soltou um foguete e igualou o marcador. A pressão continuou e o Galo foi premiado com a virada. Já aos 42, Escudero cruzou para Marcos Rocha cabecear e selar a vitória atleticana.

Com a vitória, o Atlético torna-se líder invicto no Campeonato Mineiro, com 15 pontos. O terceiro colocado, América, tem 13. Na próxima rodada os alviverdes enfrentarão o América de Teófilo Otonni, no Vale do Mucuri, sábado, às 16h. O Atlético recebe o Nacional na Arena do Jacaré, no mesmo dia, mas às 18h30.

Ficha do jogo:

América: Neneca; Rodrigo Heffner, Everton Luiz, Gabriel e Bryan; Leandro Ferreira, Moisés, Lula (Luciano), Rodriguinho (Kaio); Adeílson (China) e Fábio Júnior. Técnico: Givanildo de Oliveira

Atlético: Renan Ribeiro; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Guilherme); Pierre (Serginho), Leandro Donizete, Mancini (Danilinho) Escudero; Neto Berola e André. Técnico: Cuca

Local: estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas

Árbitro: Igor Junio Benevenuto

Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Breno Rodrigues

Público: 4.067 pagantes

Renda: R$ 101.280,00