segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ceará não se salva em Salvador

Ceará perde, vê Cruzeiro golear e volta à Série B em 2012; Bahia carimba o passaporte para a Sul-Americana

De Fortaleza. 

    

Inconformado com o rebaixamento do seu time, torcedor do Vozão invade o campo
Ceará sofre rebaixamento e torcedor inconformado invade o campo. (FOTO: Eduardo Martins).  
    

Alegria de um lado, desespero de outro. Enquanto os torcedores do Bahia sorriam à toa comemorando a vaga para a Sul-Americana, os torcedores do Ceará lamentavam a volta do seu time para a segunda divisão. Até especulou-se sobre uma possível entrega de jogo por parte dos baianos após uma nota polêmica publicada no site do tricolor, mas o que se viu foi jogo limpo - que terminou com vitória do Bahia.

Desde antes do jogo, já se sabia que o vozão iria apostar em ofensividade, usando três atacantes (Osvaldo, Felipe Azevedo e Marcelo Nicácio). A estratégia foi usada por Dimas Filgueiras porque só uma eventual vitória, dependendo do resultado do Cruzeiro em Minas, poderia manter o alvi-negro na Série A.

O Ceará começou pressionando muito. Osvaldo teve uma chance logo no início, aos 6 minutos, quando ficou sozinho com o goleiro. Marcelo Lomba cresceu pra cima do pequeno atacante e conseguiu defender do jeto que deu, com a boca. Já o Bahia, não se impunha e não tocava a bola. Com alguns minutos de bola rolando, a coisa mudou um pouco. Apesar de pressionar, o Ceará não conseguia mais encaixar para chegar à meta adversária com qualidade, sendo que a bola não chegava nos três atacantes (coincidentemente ou não, logo após o primeiro gol do Cruzeiro em Sete Lagoas).

As esperanças do vovô praticamente morreram, quando o jovem Camacho bateu forte, de fora da área para marcar um golaço e abrir 1 a 0 em Pituaçu. Do lado tricolor, alegria geral: após mais de 20 anos, o time baiano voltava a disputar uma competição internacional, a Sul-Americana. Lulinha ainda ampliou, aos 43. O jogador girou e bateu rasteiro e colocado, numa bola lenta que penou até entrar no fundo do gol. Felipe Azevedo ainda diminuiu para o Ceará nos instantes finais, mas a salvação já se mostrava inviável.

No segundo tempo, o domínio foi cearense. Apesar de ter algumas dificuldades na criação, o time alvinegro chegou com perigo ao gol de Marcelo Lomba, que era obrigado a fazer defesas sensacionais. Ainda assim, o esquema com três atacantes não era o melhor para o Ceará, que tinha que sair na base do chutão (é verdade que a ausência de Thiago Humberto, principal criador, foi muito sentida).

O placar não se alterou. Ao menos na Bahia, já que em Minas Gerais o Cruzeiro não parava de marcar gols e afundar as esperanças do vozão. Presenciou-se, lamentavelmente, episódios em que a torcida expressou o nervosismo, como a briga dos torcedores cearenses entre si próprios. A polícia foi obrigada a intervir, com um tanto de violência até. Algum tempo depois, um torcedor do Ceará invadiu o campo e, apartentemente, foi tirar satisfação com o volante Michel. O intruso foi retirado do campo para a partida prossegir. FINAL: Bahia 2 x 1 Ceará, que volta para a segunda divisão.



FICHA TÉCNICA:

BAHIA: Marcelo Lomba; Marcos, Paulo Miranda (Danny Moraes), Titi e Ávine; Marcone, Fabinho, Camacho (Nikão) e Lulinha (Júnior); Souza e Gabriel.
Técnico: Joel Santana
CEARÁ: Diego , Heleno , Fabrício , Thiago Matias , Vicente , Michel , Juca , Rudnei (Paulinho) , Nicácio (Washington) , Osvaldo , Felipe Azevedo
Técnico: Dimas Filgueiras

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Fabio Pereira (TO)
Cartões amarelos: Nicácio, Felipe Azevedo (Ceará); Marcos, Fabinho e Lulinha (Bahia)

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