domingo, 27 de novembro de 2011

Galo vive tarde mágica em Sete Lagoas, goleia Fogão e se salva

De Belo Horizonte.


Atuando na Arena do Jacaré, o Atlético passou por cima do Botafogo e se livrou de vez do risco do rebaixamento. A vitória por 4 a 0 deixa o Atlético na 13ª colocação e o Botafogo cai para a 8ª posição, praticamente dando adeus à vaguinha na Libertadores.

Amplamente superior, o Atlético dominou a partida durante todo o tempo e abriu 2 a 0 num primeiro tempo em que só não fez mais porque Jefferson evitou por várias vezes com que a bola entrasse. Na etapa final, o Atlético martelou tanto que achou mais dois gols nos últimos 15 minutos de jogo.

Mais uma grande partida do Atlético. Mais uma grande recuperação numa reta final de Brasileiro. E o torcedor alvinegro se pergunta: "Por que sempre tem que ser assim?". Pois é. Mais uma temporada para se repensar. Mais um ano de um trabalho incompetente, sem planejamento, de desrespeito à história do Atlético.

E o Botafogo? Sai do Brasileirão dando mostras de que era mais um "cavalo paraguaio". E para a diretoria que jogou a culpa em seus treinadores, a resposta foi dada: não é bem assim que se faz futebol.

Na próxima semana, Atlético e Botafogo tem dois clássicos pela frente. O Galo, meio que "descompromissado" enfrenta o Cruzeiro em Sete Lagoas, podendo ser o responsável pelo rebaixamento do clube azul. O jogo terá torcida única da Raposa. O Botafogo enfrentará o Fluminense, no Engenhão. As partidas estão marcadas para as 17 horas de domingo. 


Daniel Carvalho fez grande partida e marcou o primeiro gol do jogo, cobrando pênalti.
(Foto: Bruno Cantini / Site do Atlético-MG)


As duas equipes sabiam bem que necessitariam da vitória para alcançarem seus objetivos no campeonato. Tanto Atlético quanto Botafogo ainda tinham algo a definir nesse Brasileirão. O Galo precisava de um único pontinho para respirar aliviado, se mantendo na Primeira Divisão. Na busca pela Libertadores, o Fogão também teria que vencer para não depender tanto de um resultado na última rodada contra o Fluminense no clássico carioca.

O início do jogo demonstrava que o jogo poderia ser perigoso para ambas as partes. Apesar de jogar fora de casa, o Botafogo teve as duas primeiras chances claras de abrir o placar e as desperdiçou com Elkeson e Felipe  Menezes. Fechadinho, o Atlético esperava um descuido do Fogão para contra-atacar. E esse contra-ataque veio aos 14 minutos. Neto Berola arrancou, entrou na área e foi derrubado por Éverton. Pênalti, que foi cobrado por Daniel Carvalho com perfeição. 1 a 0, aos 15 minutos.

O Botafogo se desestruturou. O conjunto não existia. E o Atlético se aproveitou. Em velocidade, Bernard pela esquerda e Berola pela direita enlouqueciam os marcadores do alvinegro carioca. Jefferson até salvou em uma oportunidade a finalização de Bernard quando, aos 23 minutos, saiu bem do gol e aproveitou a precipitação do jovem atacante atleticano para espalmar para escanteio. Aliás, Jefferson já se configurava como um dos melhores em campo. Um minuto depois disso, Jefferson não pôde evitar o pior. Novamente ele, Neto Berola, fez a festa pela direita, passou por dois zagueiros e cruzou para a área. A bola até desviou em Jefferson, mas sobrou para André, livre, empurrar para o gol. 2 a 0, aos 24 minutos.

A equipe carioca seguia perdida em campo. A superioridade do Atlético era algo impressionante. Totalmente apático, o Fogão se arrastava em campo. Mas, quis o destino (ou o árbitro), que o Botafogo arrumasse uma penalidade na reta final do primeiro tempo. Aos 41 minutos, Elkeson, claramente, pulou na área onde sequer encostou no marcador Leonardo Silva. O árbitro Nielson Nogueira Dias marcou a penalidade com convicção. Só faltou convicção para Abreu, que partiu para a cobrança e isolou a bola. Uruguaio, ele deve conhecer aquele velho ditado brasileiro. Por tudo (nada) que apresentou no primeiro tempo, o 2 a 0 ficou de ótimo tamanho para o Botafogo.

Veio o segundo tempo e o Galo alterado. Triguinho entrou no lugar do amarelado Richarlyson. Como já era esperado, o Fogão tentou se soltar e o Atlético iria explorar os contragolpes. Nada mais natural. O Botafogo não conseguia fazer o goleiro Renan trabalhar. Pelo Galo, Daniel Carvalho e Bernard jogavam com extrema liberdade e criavam pelas laterais do campo. A primeira chance de perigo veio aos 9 minutos, num cabeceio de André que foi por cima do gol.

O Atlético seguiu criando muitas jogadas, mas o problema era na hora da definição. O time não finalizava, o que poderia prejudicar mais à frente. Está certo que o Botafogo também não incomodava com tanta frequência e a defesa do Galo fazia um excelente trabalho, mas em futebol não se pode dar moleza.

Para não dar sorte pro azar, o Atlético seguiu em cima do Botafogo e só foi achar o seu gol aos 32 minutos, quando Daniel Carvalho descolou belo passe para André. O atacante do Galo dominou no peito, chapelou o goleiro Jefferson e espiou a bola entrar lentamente. Um gol digno de placar. Espetáculo do Atlético na Arena. 3 a 0.

E Leonardo Silva fez questão de "beijar a viúva e fechar a tampa do caixão" aos 47 minutos, quando marcou o quarto gol do Atlético após lançamento de Bernard na área. 4 a 0 e fim de papo.


Ficha do Jogo:

Atlético-MG 4x0 Botafogo

ATLÉTICO:
30-Renan Ribeiro
7-Serginho
5-Réver
4-Leonardo Silva
20-Richarlyson (14-Triguinho)
55-Pierre
25-Fillipe Soutto
83-Daniel Carvalho (80-Mancini)
17-Bernard
40-Neto Berola (26-Carlos César)
90-André
Técnico: Cuca

BOTAFOGO:
1-Jefferson
2-Lucas (14-Alessandro)
3-Gustavo
4-Fábio Ferreira
6-Everton
5-Marcelo Mattos
8-Renato
10-Felipe Menezes (11-Thiago Galhardo)
9-Elkeson (17-Herrera)
7-Maicosuel
13-Abreu
Técnico: Flávio Tenius

Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Público Pagante: 18281
Renda: R$ 115.975, 00

Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE)
Auxiliares: Kléber Lúcio Gil (SC) e Jossemmar J. Diniz Moutinho (PE)

Cartões amarelos: Leonardo Silva, Richarlyson, Daniel Carvalho, Neto Berola, André (Atlético); Everton, Gustavo e Fábio Ferreira (Botafogo)

0 comentários :

Postar um comentário