De Belo Horizonte.
Atuando na Arena do Jacaré, o Atlético passou por cima do Botafogo e se livrou de vez do risco do rebaixamento. A vitória por 4 a 0 deixa o Atlético na 13ª colocação e o Botafogo cai para a 8ª posição, praticamente dando adeus à vaguinha na Libertadores.
Amplamente superior, o Atlético dominou a partida durante todo o tempo e abriu 2 a 0 num primeiro tempo em que só não fez mais porque Jefferson evitou por várias vezes com que a bola entrasse. Na etapa final, o Atlético martelou tanto que achou mais dois gols nos últimos 15 minutos de jogo.
Mais uma grande partida do Atlético. Mais uma grande recuperação numa reta final de Brasileiro. E o torcedor alvinegro se pergunta: "Por que sempre tem que ser assim?". Pois é. Mais uma temporada para se repensar. Mais um ano de um trabalho incompetente, sem planejamento, de desrespeito à história do Atlético.
E o Botafogo? Sai do Brasileirão dando mostras de que era mais um "cavalo paraguaio". E para a diretoria que jogou a culpa em seus treinadores, a resposta foi dada: não é bem assim que se faz futebol.
Na próxima semana, Atlético e Botafogo tem dois clássicos pela frente. O Galo, meio que "descompromissado" enfrenta o Cruzeiro em Sete Lagoas, podendo ser o responsável pelo rebaixamento do clube azul. O jogo terá torcida única da Raposa. O Botafogo enfrentará o Fluminense, no Engenhão. As partidas estão marcadas para as 17 horas de domingo.
As duas equipes sabiam bem que necessitariam da vitória para alcançarem seus objetivos no campeonato. Tanto Atlético quanto Botafogo ainda tinham algo a definir nesse Brasileirão. O Galo precisava de um único pontinho para respirar aliviado, se mantendo na Primeira Divisão. Na busca pela Libertadores, o Fogão também teria que vencer para não depender tanto de um resultado na última rodada contra o Fluminense no clássico carioca.
O início do jogo demonstrava que o jogo poderia ser perigoso para ambas as partes. Apesar de jogar fora de casa, o Botafogo teve as duas primeiras chances claras de abrir o placar e as desperdiçou com Elkeson e Felipe Menezes. Fechadinho, o Atlético esperava um descuido do Fogão para contra-atacar. E esse contra-ataque veio aos 14 minutos. Neto Berola arrancou, entrou na área e foi derrubado por Éverton. Pênalti, que foi cobrado por Daniel Carvalho com perfeição. 1 a 0, aos 15 minutos.
O Botafogo se desestruturou. O conjunto não existia. E o Atlético se aproveitou. Em velocidade, Bernard pela esquerda e Berola pela direita enlouqueciam os marcadores do alvinegro carioca. Jefferson até salvou em uma oportunidade a finalização de Bernard quando, aos 23 minutos, saiu bem do gol e aproveitou a precipitação do jovem atacante atleticano para espalmar para escanteio. Aliás, Jefferson já se configurava como um dos melhores em campo. Um minuto depois disso, Jefferson não pôde evitar o pior. Novamente ele, Neto Berola, fez a festa pela direita, passou por dois zagueiros e cruzou para a área. A bola até desviou em Jefferson, mas sobrou para André, livre, empurrar para o gol. 2 a 0, aos 24 minutos.
A equipe carioca seguia perdida em campo. A superioridade do Atlético era algo impressionante. Totalmente apático, o Fogão se arrastava em campo. Mas, quis o destino (ou o árbitro), que o Botafogo arrumasse uma penalidade na reta final do primeiro tempo. Aos 41 minutos, Elkeson, claramente, pulou na área onde sequer encostou no marcador Leonardo Silva. O árbitro Nielson Nogueira Dias marcou a penalidade com convicção. Só faltou convicção para Abreu, que partiu para a cobrança e isolou a bola. Uruguaio, ele deve conhecer aquele velho ditado brasileiro. Por tudo (nada) que apresentou no primeiro tempo, o 2 a 0 ficou de ótimo tamanho para o Botafogo.
Veio o segundo tempo e o Galo alterado. Triguinho entrou no lugar do amarelado Richarlyson. Como já era esperado, o Fogão tentou se soltar e o Atlético iria explorar os contragolpes. Nada mais natural. O Botafogo não conseguia fazer o goleiro Renan trabalhar. Pelo Galo, Daniel Carvalho e Bernard jogavam com extrema liberdade e criavam pelas laterais do campo. A primeira chance de perigo veio aos 9 minutos, num cabeceio de André que foi por cima do gol.
O Atlético seguiu criando muitas jogadas, mas o problema era na hora da definição. O time não finalizava, o que poderia prejudicar mais à frente. Está certo que o Botafogo também não incomodava com tanta frequência e a defesa do Galo fazia um excelente trabalho, mas em futebol não se pode dar moleza.
Para não dar sorte pro azar, o Atlético seguiu em cima do Botafogo e só foi achar o seu gol aos 32 minutos, quando Daniel Carvalho descolou belo passe para André. O atacante do Galo dominou no peito, chapelou o goleiro Jefferson e espiou a bola entrar lentamente. Um gol digno de placar. Espetáculo do Atlético na Arena. 3 a 0.
E Leonardo Silva fez questão de "beijar a viúva e fechar a tampa do caixão" aos 47 minutos, quando marcou o quarto gol do Atlético após lançamento de Bernard na área. 4 a 0 e fim de papo.
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