sábado, 12 de novembro de 2011

Alguém teria que tropeçar

De Belo Horizonte.

Em partida realizada no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, Figueirense e Atlético Mineiro se enfrentaram em partida realizada pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. As equipes eram as duas melhores nas últimas partidas do Brasileirão e vinham numa excelente sequência de resultados. Alguém teria que tropeçar na partida de hoje. Pior para o Galo.

O Figueira venceu o Atlético por 2 a 1, de virada. O Galo saiu à frente, ainda no primeiro tempo, em que as equipes se estudaram bastante e pouco fizeram os goleiros trabalharem. Para a etapa final, o Figueira mudou sua postura. Veio pra cima, martelou, e conseguiu empatar logo no início da etapa. O Atlético se acuou e pagou por isso no fim do jogo, com um gol sofrido após falha do sistema defensivo.

A vitória de hoje põe o Figueirense numa incrível quarta colocação no Brasileirão e só não passou o Fluminense, que foi derrotado pelo América, por ter menos vitórias do que a equipe carioca. A vitória, justíssima, mantém o retrospecto excelente do Figueira neste Campeonato. Já são 13 partidas sem derrota e 6 vitórias consecutivas, mantendo vivos dois sonhos: Libertadores e, por que não, o título brasileiro. O Galo interrompe sua sequência de vitórias e ainda não se garantiu na Primeira Divisão para a próxima temporada.

As equipes voltam a jogar no próximo meio de semana. O Figueirense vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo, enquanto o Atlético recebe o Coritiba. Ambas as partidas estão marcadas para a próxima quinta-feira, dia 17, às 20h30.

Wellington Nem comemora o primeiro gol do Figueira na partida.
(Foto: Cristiano Andujar / Agência Lance)

Figueirense e Atlético-MG, as duas melhores equipes das últimas rodadas, faziam uma partida truncada, em seu início. Com uma marcação forte, o Figueira não conseguia penetrar a área do Galo, e permanecia trocando passes à entrada da área atleticana. Na maioria das vezes, faltava objetividade. Já o Atlético tinha uma vantagem em relação ao Figueirense: o Atlético finalizava à gol. O Figueira, não. O goleiro Renan Ribeiro não trabalhava com frequência.

Aos 8 minutos, André incomodou o goleiro Wilson pela primeira vez, numa finalização que passou raspando a trave defendida pelo excelente goleiro do Figueirense. Após esse lance, as equipes passaram a valorizar mais a posse de bola, não se arriscando tanto. De certa forma, o respeito era mútuo.

O Galo tinha claramente em mente os seus objetivos na partida. Trabalhava a bola, conquistava a posse, ía chegando aos poucos. Como quem não quer nada, o Atlético foi chegando ao ataque e achou o seu gol aos 37 minutos. Bernard carregou a bola pela ponta direita e conquistou um escanteio. A cobrança de Daniel Carvalho achou Werley na pequena área, que desviou para as redes. 1 a 0.

Após o gol, o Atlético se acuou no gramado. O Figueirense aproveitou para partir pra cima mas, de qualquer forma, o placar persistiu até o fim da primeira etapa.

Para a etapa final, o Figueira mudou a tática e a postura. O experiente Fernandes entrou no meio-campo, na vaga do volante Túlio. Com a mudança, os catarinenses vieram com todas as suas forças pra cima do Atlético. A pressão foi imensa. Logo no primeiro minuto, um cruzamento que ultrapassou toda a área atleticana achou Elias livre do outro lado, para chutar rasteiro e por pouco não marcar o gol de empate. Aos 4 minutos, foi a vez de Wellington Nem tentar e finalizar à esquerda do gol atleticano.

Na terceira chance do Figueira, o gol saiu. Após erro de Richarlyson na saída de bola atleticana, Wellington Nem ficou com a gorduchinha e encheu o pé de fora da área. O famoso "montinho artilheiro" tirou Renan da jogada e proporcionou a falha do goleiro do Galo. 1 a 1, aos 6 minutos.

O Figueirense seguiu pressionando. Na tentativa de tirar sua equipe de trás, Cuca mudou no Galo, promovendo a entrada de Marquinhos Cambalhota no lugar de Daniel Carvalho. Richarlyson, que foi recuado para tentar reforçar a marcação na intermediária atleticana, não deu conta do recado e logo foi substituído. Dudu Cearense foi quem entrou, e também não conseguiu jogar bem. Cuca mexeu mal.

Os catarinenses tinham a maior posse da bola, adiantaram sua marcação, e pressionavam o Atlético no seu campo. O Galo se viu acuado e apresentou grande dificuldade para armar as jogadas, graças às mudanças de seu treinador. O Atlético se manteve fechadinho atrás. Pelas circunstâncias da partida, o empate se tornaria um bom resultado. Mas o bom resultado não veio.

Após linda jogada do lateral Bruno pela direita, o cruzamento para trás teve desvio de letra de Heber na primeira trave e sobrou para Júlio César dominar com total liberdade e finalizar para o gol. 2 a 1 pro Figueira. O Galo pagou pela postura defensiva na etapa final. A torcida do Figueira comemorou a suada e importante vitória como se fosse um título e realmente tem que ser assim. As chances de título seguem bem vivas.

Ficha do Jogo:

Figueirense 2x1 Atlético

FIGUEIRENSE:
1-Wilson
2-Bruno
100-Roger Carvalho
4-Edson Silva
19-Hélder
5-Ygor
7-Túlio (10-Fernandes)
23-Coutinho
11-Elias (9-Aloísio)
17-Wellington Nem (27-Heber)
99-Júlio César
Técnico: Jorginho

ATLÉTICO:
30-Renan Ribeiro
26-Carlos César
5-Réver
22-Werley
14-Triguinho
55-Pierre
25-Fillipe Soutto (7-Serginho)
83-Daniel Carvalho (18-Marquinhos Cambalhota)
20-Richarlyson (8-Dudu Cearense)
17-Bernard
90-André
Técnico: Cuca

Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis, Santa Catarina.

Árbitro: Cleber Welington Abade (SP)
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP)

Cartões amarelos: Ygor (Figueirense); Carlos César, Pierre, Daniel Carvalho e Dudu Cearense (Atlético)

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