sábado, 8 de outubro de 2011

Sem torcida, sem futebol: América e Atlético empatam sem gols na Arena

De Belo Horizonte.

De forma melancólica, a situação de América e Atlético piora cada vez mais. Jogando na Arena do Jacaré com público de 750 pagantes, as equipes empataram em 0 a 0, numa partida com nível técnico baixíssimo e que coroou o momento das equipes no Brasileirão.

De fato, esse resultado foi merecido por ambos e por suas diretorias que, ao longo da semana, se preocuparam com outras prioridades, como a briga de interesses na venda de ingressos.

O América volta a jogar na quarta, dia 12, às 16 horas, contra o Ceará em Sete Lagoas. O Atlético enfrentará o Santos, na quinta, dia 13, às 20h30.

Vazia, Arena do Jacaré recebeu um jogo muito ruim entre Coelho e Galo. Torcida do América, à esquerda, e do Atlético, à direita.
(Fotos: Aender Pereira / Twitter)

Como já era esperado, pelo momento vivido por ambas as equipes, América e Atlético começaram a partida demonstrando um futebol sonolento. Muitas trocas de passes, pouca objetividade e qualidade na conclusão. O Galo começou melhor, aproveitando os espaços cedidos pelo América, que tentou se soltar na partida. Mas a partida em si era muito ruim. Ninguém conseguia uma penetração em velocidade, uma finalização com perigo, trocar passes com eficiência. Nada. Uma tristeza.

A primeira chance do jogo só foi surgir aos 22 minutos, metade da etapa. E surgiu para uma das equipes que mais finaliza no campeonato e que não concretiza as chances em gol. Para manter a regularidade, Magno Alves recebeu passe sensacional de Bernard e perdeu gol incrível. É importante citar que o goleiro Neneca teve grande participação em não deixar essa bola entrar, mas é o típico gol que não se pode perder e tem se tornado comum no Atlético.

Mesmo Atlético que teve gol anulado aos 32 minutos, após cobrança de falta para a área. Leonardo Silva pareceu ter empurrado Neneca e, lentamente, a bola entrou para o gol. O árbitro paulista, Abade, marcou a falta.

O América tinha nas faltas de Amaral uma alternativa para incomodar a defesa adversária, como já de costume. Ao Atlético faltava a qualidade na armação de jogadas. A ausência de Daniel Carvalho foi muito sentida. O jogo seguiu muito feio.

Kempes formou o ataque americano juntamente com Fábio Júnior. Ambos sequer incomodaram o goleiro Renan Ribeiro ao longo de toda a partida.
(Foto: Rodrigo Clemente / EM / D.A. Press / Superesportes)

No início da segunda etapa, o América mudou. Micão sentiu lesão muscular e Otávio o substituiu.

O Galo começou melhor o segundo tempo. Mais incisivo, criou jogadas no início não criadas em toda a primeira etapa. Renan Oliveira quase marcou após bela troca de passes no ataque. E teve até pênalti reclamado sobre Bernard, não marcado por Abade. A reclamação pareceu correta. Bernard foi tocado por baixo.

Renan Oliveira, que só fez uma jogada no jogo para o Atlético, e Fábio Júnior, que nem isso fez à favor do América, foram substituídos por seus treinadores. Dois atletas de velocidade entraram: Neto Berola, no Galo, e Léo, no América. O último, Léo, deu seu cartão de visita um minuto após sua entrada. Léo puxou jogada pela esquerda e finalizou para fora. Já Neto Berola também teve grande chance dois minutos depois. Recebeu cruzamento na área, soltou a bomba de canhota e Neneca voou para salvar o América. A melhor chance do jogo até então, aos 16 minutos da segunda etapa.

O Atlético abriu o jogo a partir da segunda metade da etapa complementar, se vendo totalmente desesperado em conseguir a vitória. Esteve mais perto de marcar o gol do que o América. O que não quer dizer que jogou bem. Longe disso.

O tempo foi se esgotando. O desespero aumentou e a dramaticidade se tornou uma personagem cada vez mais real. E o América ainda teve um pênalti não marcado por Abade, outro que foi mal na partida. Talvez envolvido pelo nível da mesma, o árbitro prejudicou ambas as equipes, deixando de marcar uma penalidade para cada lado.

Nada de gols em Sete Lagoas, num resultado merecidíssimo e que afunda cada vez mais ambas as equipes na Zona de Rebaixamento. O Atlético ultrapassou o xará paranaense devido ao número de vitórias. O Furacão enfrentará o Avaí amanhã. Já o América segue na lanterna e de lá parece não ter forças para sair.

Ficha do Jogo:

América 0x0 Atlético:

AMÉRICA (3-5-2):
1-Neneca
3-Micão (13-Otávio)
4-Anderson
5-Éverton Luiz
2-Sheslon
9-Leandro Ferreira
8-Amaral
10-Rodriguinho (16-Irênio)
6-Gilson
11-Kempes
7-Fábio Júnior (18-Léo)
Técnico: Givanildo Oliveira.

ATLÉTICO (4-4-2):
30-Renan Ribeiro
26-Carlos César
22-Werley
4-Leonardo Silva
14-Triguinho
55-Pierre
25-Fillipe Soutto (8-Dudu Cearense)
10-Renan Oliveira (40-Neto Berola)
17-Bernard (20-Richarlyson)
11-Magno Alves
9-Guilherme
Técnico: Cuca.

Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Público Pagante: 750
Renda: R$ 29.300,00
Data: 08 de outubro de 2011
Horário: 18 horas (Horário de Brasília)
Motivo: 28ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A

Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP)
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Rogério Pablo Zanardo (SP)

Cartões amarelos: Leandro Ferreira, Otávio, Amaral, Léo (América); Pierre, Bernard, Dudu Cearense (Atlético)

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