De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo.
Por João Vitor Cirilo.
24/10/11 - Quando tudo parecia complicado, apareceu o gênio e descomplicou tudo. Em partida realizada neste domingo, em Manaus, Brasil e Rússia decidiram o título do Grand Prix de Futsal. Foi um sufoco. O Brasil pressionou, apertou os russos mas acabou sofrendo um gol. E aí veio pressão maior ainda. Valdin empatou no tempo regulamentar, levando a partida para a prorrogação. Falcão estava apagado na partida. Errando passes, não concluindo bem. Mas eis que o brilho do craque surge novamente e, num lance mágico, Falcão marcou com o peito e deu o título do Grand Prix para a Seleção Brasileira de Futsal.
O Brasil recuperou o caneco da competição. No ano passado, o Brasil perdeu para a Espanha por 2 a 1. Essa foi a sétima edição do Grand Prix, onde o Brasil completou sua sexta conquista.
Falcão após o gol sensacional: "O meu brilho ninguém tira".
(Foto: Cristiano Borges/CBFS)
A equipe brasileira começou a partida em cima da equipe russa, dominando o jogo, com maior posse de bola e concluindo mais. A Rússia se viu encurralada em seu próprio campo, tendo no goleiro Gustavo, brasileiro naturalizado, um destaque, praticando lindas defesas e evitando o pior.
No Futsal também existe aquela história de "quem não faz leva". Para cumprir o ditado, Sergeev finalizou cruzado e Abramov empurrou para o gol após rebote de Tiago. Aos 11 minutos da primeira etapa, a Rússia saía à frente do placar.
Depois do gol, o Brasil continuou a atacar. E teve bola na trave, inúmeras finalizações equivocadas e defesas do goleiro Gustavo. Um bombardeio. Mas a Rússia também demonstrou estar ligada e poderia ter marcado o segundo gol ainda no primeiro tempo, quando Pula (outro brasileiro naturalizado) finalizou na trave.
Sergeev marcou para a Rússia no primeiro tempo.
(Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)
Na etapa final, a pressão foi a mesma. Neto e Valdin, ligados, criaram a jogada do gol de empate do Brasil. Aos 4 minutos, Neto chutou rasteiro e Valdin desviou pro gol. Alívio para a torcida brasileira presente na Arena Amadeu Teixeira, em Manaus.
A torcida passou a empurrar o Brasil. O goleiro Gustavo até que tentou conter a pressão, mas não conseguiu. Falcão, até então apagado na partida, cometendo erros que não costuma cometer, voltou à quadra na prorrogação. Aos 5 minutos, o lançamento vindo pelo alto foi desviado por Falcão, com o peito, para as redes. Na comemoração, Falcão disse: "O meu brilho ninguém tira". E não tira mesmo. Lindo gol que dá novamente o título do Grand Prix de Futsal para a Seleção Brasileira.
Foto: Cristiano Borges/CBFS
Após a partida, o técnico Marcos Sorato destacou a paciência como fator fundamental para o título: "Não é fácil enfrentar uma equipe qualificada como a Rússia e sair perdendo. É um time que tem um contra ataque muito qualificado, rápido e que demanda muito cuidado quando se joga contra. Além disso, conta com três jogadores brasileiros de grande qualidade em seu elenco. A tranquilidade dos atletas foi o fator primordial para reverter a vantagem perdida no primeiro tempo. Não é fácil conseguir isso em uma final de Grand Prix que cada vez mais fica difícil. As finais contra a Espanha, no ano passado, e contra a Rússia, demonstram isso".
Sorato também criticou o fato de outras Seleções, como a Rússia, contarem com muitos atletas brasileiros. "A seleção da Espanha joga com dois, três brasileiros; a Rússia também conta com três atletas; a Itália é praticamente toda brasileira. Temos que cuidar isso, pois daqui a pouco veremos Brasil A contra Brasil B em competições internacionais".
Falando em brasileiro, a artilharia do GP ficou com um brasileiro. André Vanderlei, da Bélgica, marcou 11 gols na competição.
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