De Belo Horizonte.
Jogando em Buenos Aires, Argentina e Chile iniciaram suas participações nas Eliminatórias das América do Sul para a Copa do Mundo de 2014. A Argentina cumpriu bem o seu dever de casa e foi além, goleou o Chile por 4 a 1, numa excelente partida do trio Messi, Di Maria e Higuaín. Essa foi a estreia do técnico da Argentina Alejandro Sabella em partidas oficiais.
Messi marcou um gol. Di Maria deu assistências para dois. E Higuaín marcou três vezes. O trio ofensivo da Argentina fez tudo certo. E o Chile fez (quase) tudo errado. Começando pela estratégia ultra-ofensiva de seu treinador, Claudio Borghi. Atuando num esquema 3-4-3, o Chile tinha dos quatro meio-campistas, dois armadores e dois alas, e três atacantes à frente. Dessa forma, pelo menos cinco atletas não marcaram ninguém durante o jogo, e os chilenos pagaram por isso.
Momentaneamente, pelo saldo de gols, a Argentina é líder da competição. Logo mais, após o término desta primeira rodada, você poderá conferir um resumo completo aqui mesmo em nosso blog.
Os hermanos voltam a jogar na terça-feira, contra a Venezuela, fora de casa. O duelo está marcado para as 21h50. Antes, o Chile recebe o Peru, às 19h15 da mesma data.
Higuaín, Messi e Di Maria foram fundamentais na vitória de hoje, jogando o "fino da bola".
(Foto: Reuters)
Para a partida de hoje, a Argentina teve várias ausências, entre suspensões e lesões. O goleiro Romero, o zagueiro Demichelis, o volante Mascherano e o atacante Sergio Agüero foram as principais ausências, além dos veteranos, como Javier Zanetti e até mesmo Carlos Tevez. O Chile também tinha desfalque importante. Aléxis Sánchez, lesionado, ficou de fora.
O Chile veio à campo com a proposta de se tornar um visitante indigesto. E partiu pra cima mesmo. Em uma das investidas chilenas, Valdívia arrumou uma falta na intermediária. E foi todo mundo para o ataque. O zagueirão Ponce resolveu soltar a pancada e cobrou mal a falta. Resultado: contragolpe argentino armado. Di Maria recebeu a bola, saiu em velocidade e deu lançamento primoroso para Higuaín, seu companheiro de Real Madrid, dominar e finalizar com perfeição. Golaço. 1 a 0, aos 7 minutos.
Argentina e Chile faziam um jogo franco, grande parte disso devido à proposta de jogo do visitante. De qualquer forma, o Chile só conseguiu criar com perigo aos 22 minutos, numa finalização de Suazo que passou perto. Já a Argentina, mais esperava o Chile errar do que tomava a iniciativa de partir para o ataque. Quando tomou a iniciativa, marcou outro gol. Higuaín deu belo passe em profundidade para Di Maria e Messi pintarem cara a cara com o goleiro Bravo. Messi chegou primeiro e marcou o segundo gol do jogo. 2 a 0, aos 25 minutos. Esse foi o 18º gol de Messi com a camisa da Argentina.
A Argentina soube jogar aproveitando os espaços cedidos pela seleção chilena, que apresentava sérias dificuldades na marcação. Contra um ataque tão qualificado como esse da Argentina, mesmo desfalcado, poderia ser fatal, como vinha sendo.
O Chile seguiu pressionando na reta final do primeiro tempo e a Argentina tirou o pé do acelerador nos contra-ataques.
Higuaín completou o hat-trick na segunda etapa.
(Foto: Reuters)
Assim como na primeira etapa, quem tomou as iniciativas dos ataques foi o Chile. A Argentina, bem postada em campo, aguardava um único vacilo chileno, que se lançava ao ataque. Aos 4 minutos, Pirilla teve a chance de marcar de cabeça, mas isolou. Faltava qualidade na conclusão.
Qualidade essa abundante na Argentina, que só resolveu sair de trás aos 7 minutos. Quando saiu, marcou o terceiro gol, em nova jogada da dupla madrilenha. Di Maria cruzou da esquerda para Higuaín, impedido, marcar seu segundo gol no jogo. 3 a 0.
E pra quem pensou que o Chile se daria por vencido, se equivocou. Com duas mudanças, Borghi deu novo fôlego à sua equipe e uma dessas mudanças, Vargas, levou a bola à linha de fundo e cruzou (mal, diga-se de passagem). A defesa argentina se embananou toda e a bola se ofereceu para Matias Fernandez apenas empurrar para o gol vazio, pois Andújar já havia saído na tentativa de tirar a bola da área. 3 a 1, aos 15 minutos.
Mas o ataque da Argentina prosseguiu dando show de entrosamento. Se a defesa argentina falhou minutos antes, foi a vez do goleirão Bravo retribuir a gentileza. Messi "recebeu passe" de Bravo, colocou no chão, e deixou Higuaín de frente para o gol. Ali ele não perdoa. Terceiro dele no jogo, o quarto da Argentina, aos 17 minutos do segundo tempo. 12º de Higuaín com a camisa de sua seleção.
Daí pra frente, foi espetáculo de Messi, Di Maria, Higuaín e cia. A torcida presente no Monumental de Nuñez correspondeu com gritos de "Olé!".
O Chile teve várias chances de diminuir o estrago causado pelos argentinos. Apesar da defesa hermana demonstrar insegurança, os chilenos não souberam aproveitar e o jogo ficou por isso mesmo. 4 a 1. A Argentina mantém longo tabu e não perde em Buenos Aires nas eliminatórias desde 1993.
Para Sabella, estreia melhor, impossível. Essa foi a primeira partida do treinador da Argentina em partidas oficiais.
(Foto: EFE)
Ficha do Jogo:
Argentina 4x1 Chile
ARGENTINA:
1-Andújar
3-Zabaleta
4-Burdisso
6-Otamendi
5-Rojo
8-Sosa
19-Banega (15-Rinaudo)
22-Braña
7-Di María (17-Gutiérrez)
10-Messi
9-Higuaín
Técnico: Alejandro Sabella.
CHILE:
1-Bravo
18-Jara
3-Ponce
8-Vidal
4-Isla
6-Carmona
14-Matias Fernández (21-Jorquera)
10-Valdívia
15-Beausejour (5-González)
9-Suazo
11-Pinilla (17-Vargas)
Técnico: Claudio Borghi.
Estádio: Monumental de Nuñez, na Argentina.
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia)
Auxiliares: Abraham González e Humberto Clavijo (ambos da Colômbia)
Cartões amarelos: Rojo (Argentina)
Obs.: Fotos retiradas do Portal Terra.
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