De Belo Horizonte
Superior em praticamente os noventa minutos, o Vasco não conseguiu traduzir a maior posse de bola e a principais oportunidades em gol. O Flamengo contou com tarde inspiradíssima de Felipe que praticou pelo menos 3 grandes defesas.
O primeiro tempo foi de domínio absoluto do Vasco. A equipe ditou o ritmo do primeiro ao minuto final na primeira parte do jogo. Como sempre, Éder Luís levava muito perigo à defesa adversária em jogadas de velocidade. Os laterais subiam com facilidade, mas a equipe falhava na hora da definição.
Pelo lado do Flamengo, Ronaldinho oscilava durante a partida. Às vezes sumia no jogo, em outras oportunidades faziam jogadas de efeito, mas com objetividade. Numa delas colocou o lateral Léo Moura cara a cara com Fernando Prass que interviu de forma esplêndida.
Logo no início da partida, o técnico Vanderlei Luxemburgo teve de queimar uma substituição. Alex Silva, com dores no joelho, pediu pra sair. Em seu lugar entrou Ronaldo Angelim.
Foto: Nina Lima/Vipcomm |
O Vasco, melhor em campo, criou boas oportunidades para abrir o placar. Aos 13', Alecsandro fez Felipe praticar grande defesa, mandando pra escanteio. Após cobrança, Rômulo cabeceou à queima roupa e o arqueio rubro-negro mostrou-se em ótima forma, defendendo novamente.
Após grande pressão, os cruzmaltinos levaram perigo nas bolas paradas de Juninho Pernambucano. Na primeira, o Reizinho mandou a nada mais do que dois palmos da trave direita de Felipe. Na segunda, pouco mais à frente da posição da anterior, já dentro da meia lua, o ídolo vascaíno acertou a trave flamenguista.
No fim do primeiro tempo, o Flamengo perdeu o zagueiro Welligton. O jogador foi expulso diretamente após fazer falta em Diego Souza. O meia do Vasco se aproveitou de uma saída errada do mesmo Welligton e teria uma chance clara de marcar, mas o zagueiro puxou-lhe a camisa.
Com um jogador a menos e apenas um zagueiro pro segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo deslocou Wilians pro setor e, pra dar maior sustentação ao sistema defensivo, colocou Muralha no lugar de Botinelli. Deivid também saiu, pra entrada de Negueba.
O início do segundo tempo também foi com o Vasco mandando no jogo. O Flamengo assistia passivamente o adversário tocar a bola e criar oportunidades. Felipe, no entanto, destoava-se em relação aos colegas de equipe e fazia uma grande partida. Dedé cabeceou com força além do normal, mas Felipe fez defesa notável.
O grande clássico teve um momento de grande tensão fora das quatro linhas. O técnico cruzmaltino, Ricardo Gomes, passou mal e chamou o departamento médico para ajudá-lo. Ricardo foi levado de maca à ambulância e de lá para um hospital onde foi operado.
Ricardo Gomes chama assistência médica - Foto: Agência Estado |
O Flamengo conseguiu melhorar o rendimento e chegou a ter maior posse de bola em certo momento. A equipe, porém, optou pela cautela e resolveu não arriscar muito. Diante das circunstâncias um empate não era nada ruim. A soberania rubro-negra não durou muito tempo. O Vasco voltou a ser o dono do jogo, mas sem objetividade quando atacava.
Aos 45', a mais bela trama. Elton recebe cruzamento na entrada da área e, de costas para o gol, improvisou mandando de calcanhar sem deixar a bola tocar no chão. Felipe salvou mais uma vez. Ainda no fim do jogo, os vascaínos reclamaram de um pênalti de Léo Moura em Bernardo, mas o árbitro nada marcou.
Com o empate, o Flamengo continua na segunda posição com 39 pontos, enquanto seu rival, o Vasco, está em 4º com 36. Na próxima rodada os rubro-negros enfrentam o Avaí na Ressacada, nesta quarta, às 21h50. Os cruzmaltinos duelam no mesmo dia, mas às 18h, contra o Ceará, no São Januário
Ficha do Jogo:
Flamengo: Felipe Moura; Léo Moura, Alex Silva (Ronaldo Angelim), Wellington e Júnior César; Willians, Luiz Antônio, Renato e Botinelli (Muralha); Ronaldinho Gaúcho e Deivid (Negueba).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Vasco: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Eduardo Costa, Rômulo, Juninho Pernambucano (Leandro) e Diego Souza (Bernardo); Éder Luís e Alecsandro (Elton).
Técnico: Ricardo Gomes
Local: estádio Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitros: Péricles Bassols Pegado Cortez
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Muniz de Oliveira
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