sexta-feira, 3 de junho de 2011

Peñarol bate Vélez e reeditará final de 62

Matheus de Oliveira,
de Belo Horizonte.

Com a passagem pra decisão, time uruguaio tem a chance de conquistar seu sexto caneco, após 24 anos de jejum, além de reviver uma final com o Santos como em 62.


Quem esperava um Vélez começando com tudo como seria de praxe, se surpreendeu. O Peñarol foi quem teve a primeira oportunidade do jogo, logo aos três minutos, Martinuccio ficou cara a cara com Barovero que salvou o time argentino.
O Peñarol estava melhor, conseguia chegar com mais perigo à meta adversário e marca muito bem o time da casa que encontra poucos espaços.
Já aos treze minutos o técnico Ricardo Gareca tem de fazer a primeira substituição do jogo. Tira Cubero que se contundiu para a entrada de Tobio, também lateral. Os visitantes continuavam melhor e assustando os torcedores argentinos. Tanto que aos dezenove outra oportunidade com Martinuccio, desta vez de cabeça.


Os "carboneros" esperavam o Vélez para sair em contragolpes armados com Martinuccio sendo o homem da velocidade e inteligência, procurando deixar Oliveira em boas condições. O Vélez atacava com seis jogadores, sendo Maximiliano Morález como um ponta esquerda, os dois laterais apoiando bastante, Martínez se movimentando bem e em jogadas de linha de fundo sempre estava dentro da área com Santiago Silva e Zapata na entrada da área. O Peñarol se defendia com uma linha de quatro com os laterais bem fixos e dois volantes Freitas e Corujo também na contenção.

A primeira oportunidade do time da casa foi aos vinte e seis em jogada de Martínez procurando Santiago Silva pelo alto, uma jogada que ficou frequente a partir daí. O Vélez melhorou, acertava mais os passes e tinha mais facilidade para chegar à meta de Sosa, mas para jogar uma água fria no ímpeto argentino o Peñarol chega ao gol quando justamente quando esteve mal no primeiro tempo. Aos trinta e três, Martinuccio encontra um espaço na defesa do Vélez e vê Mier passando por trás da defesa, após saída de bola errada da equipe local. Mier domina e toca na saída do goleiro Barovero.

O gol fez o Vélez sair ainda mais pro jogo e apostar em bolas cruzadas da ponta esquerda com Papa e Morález. Santiago Silva ao maior estilo Obina tentava ganhar dos zagueiros no corpo e aproveitar as oportunidades. Aos quarenta e seis do primeiro tempo, Morález levanta a bola em cobrança de falta, o goleiro Sosa tem a visão tapada pelos jogadores e nenhum zagueiro tira. No susto, o arqueiro paraguaio rebate a bola nos pés de Tobio que manda pro fundo da rede.
Ainda no primeiro tempo, o Vélez teve um tento mal anulado pelo bandeira, quando Martínez mandou a bola pro gol. Um lance muito difícil, em que os jogadores de defesa estão saindo e o atacante entrando, correndo para o lado oposto, mas mal anulado.

Na segunda etapa o Vélez voltou como se a bola fosse o último prato de comida. A equipe tinha mais posse de bola, tocava bem e envolvia os uruguaios que, por sua vez, ficavam fechados e quando conseguiam retomar a bola não eram capazes de prendê-la em campo adversário para esfriar o jogo.
Quando ataca, o Vélez coloca quatro jogadores dentro da área, mas a defesa uruguaia se porta bem e não dá espaços para infiltrações. Com isso, a saída da equipe argentina foi jogadas aéreas procurando um desses homens e chutes de fora da área que pouco perigo levavam. Com a pressão, a defesa local ficava desguarnecida e, foi numa dessas desatenções que Martinuccio puxou o contragolpe que parecia ser fatal, mas Oliveira desperdiçou a oportunidade de matar o jogo. Trinta segundos depois, o chavão do futebol prevalece: "quem não faz leva".
Aos vinte e um, Martínes escora de peito para Santiago Silva que tanto lutou soltar um balaço no canto esquerdo de Sosa. Na raça, na vontade, na determinação! O Vélez estava a um gol da final.

Minutos depois o zagueiro Ortiz foi expulso, claramente estava nervoso e, num jogo desse, não era pra menos. O treinador, Gareca, não faz mudanças porque sabe que o time ainda precisa atacar. A equipe joga então com uma linha de três, sendo apenas Sebá, zagueiro de ofício. Aos trinta o Vélez consegue um pênalti, que não vi. Na hora de cobrar Santiago Silva escorrega e manda por cima o sonho da decisão.
Depois do penal perdido, o Vélez continuou em busco do gol, mas o Peñarol começou a oferecer perigos em contragolpes que acabaram esfriando o time da casa.


Fotos: Reteurs

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