quinta-feira, 19 de maio de 2011
Sofrido, mas Convencido!
Arthur Stabile,
de São Paulo.
Mais uma decisão para o time do Santos nesta quarta. Se já não bastassem as finais do paulista, agora o time tinha que assegurar a vaga na semifinal da libertadores, contra o Once Caldas, no Pacaembu. Na primeira partida a equipe brasileira conseguiu boa vitória fora de casa, pelo placar mínimo de 1x0.
A vantagem deu segurança ao time de Muricy Ramalho. A equipe foi logo pra cima do adversário, querendo resolver o quanto antes o jogo, mas o contrário aconteceu. Neymar, sempre ele, mandou e desmandou na partida. Foi o craque do jogo, sem dúvidas. Aos 11 minutos o 11 recebeu bola na entrada da área e chutou, a bomba foi direto pras redes. Gol do Santos e classificação perto.
Porém, ela foi ameaçada. Alan Patrick sentiu a coxa e foi substituído por Pará, que entrou na lateral enquanto Danilo passou a atuar no meio campo, deixando o time mais marcador, sem perder força no apoio ao ataque. Mesmo com o gol sofrido o Once Caldas não se apagou e aproveitou quando o Santos diminuiu o ritmo.
Falta boba de Neymar na ponta esquerda da defesa, que não foi mesmo o atacante do time colombiano tendo encenado um pouco, porém o juiz marcou. Na cobrança Miraje desviou a bola com um leve toque de cabeça, fazendo a bola chegar a Renteria, que estava em posição legal, livre na pequena área e só empurrou o empate no placar. Nada mais na primeira etapa.
O segundo tempo for de grande tensão. O time brasileiro querendo o gol que garantiria a classificação e o buscando com grande força ofensiva, partindo direto para o gol adversário quando tinha chance. Neymar, Léo e Arouca foram os destaques. Ajudaram muito no ataque. O veterano lateral surpreende quem acompanha seus jogos. Da grandes piques no gramado a qualquer hora de jogo, mostrando físico incrível pela idade.
Danilo, Adriano e a dupla de zaga foram praticamente perfeitos na zaga. Uma chance ou outra deram para o adversário, mas nada muito agudo ao ponto de assustar e abalar a classificação. Duas faltas na entrada da área aconteceram e foram bem marcadas, entretanto, desperdiçadas pelos colombianos.
Mas o principal lance do segundo tempo ainda estava para vir. Neymar (Ah vá, ele que criou o lance?) recebeu bola de Arouca pelo lado esquerdo da grande área - onde atuou todo o segundo tempo, como um ponta, Com um toque na bola deixou o zagueiro no chão, gingou na frente do segundo e foi barrado pelo marcador. Penal claro e assinalado pelo juiz.
Agora a pergunta que fica. Neymar deveria mesmo ter batido o pênalti? Elano, que estava batendo as penalidades, não era a melhor opção? Não importa. O que aconteceu foi que o atacante chamou a responsabilidade, colocou a bola na marca e bateu. O goleiro pediu cavadinha, mas não foi atendido. Mesmo assim conseguiu segurar a cobrança (muito mal feita) de Neymar e manteve a emoção no jogo.
E foi duro acompanhar a partida até o fim. O coração estava pra lá da boca, já seguia acompanhando a partida sentado ao lado. Os 4 minutos de recuperação contribuíram para o sofrimento, mas foi à toa, pois o Santos manteve-se bem fechado e segurou a classificação com unhas, dentes e barbatanas.
Só para não deixar passar. Que fase de Zé Eduardo hein? Não consegue ter novamente um bom relacionamento com o gol, mas isso é apenas um 'detalhe'. A função do atacante no time é primordial. Desde lá na frente, com ele, o time marca, além puxar os zagueiros para abrir espaços para os jogadores que vem de trás. Muricy está certo em mantê-lo em campo. E essa seca de gols um dia vai passar e será decisivo pra equipe.
O time tem outra cara. Não canso de ressaltar que Muricy ajeitou a equipe, tanto defensivamente como psicologicamente, apoiando os jogadores que não vem jogando, mas mostrando a eles a importância que tem. A Próxima decisão do Peixe ainda não tem adversário definido. Nesta noite jogam Jaguares e Cerro Porteño e o vencedor ‘ganha’ a chance de vencer o único brasileiro restante na competição. Santos favorito até o final, mas precisa ter calma e paciência para saber ganhar este título.
Fotos: Eduardo Viana
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