segunda-feira, 2 de maio de 2011

No Morumbi, Santos despacha o São Paulo e está na final.

Isabelly Bragheto,
de São Paulo.

O San-São teve emoção do começo ao fim, o peixe foi quem teve as melhores chances no primeiro tempo, mas viu o adversário crescer de produção ainda na primeira etapa. O Santos conseguiu chegar à vitória graças a dois fatores importantíssimos: a visão tática de Muricy Ramalho, que aproximou Ganso e Elano do ataque ao sacar Zé Eduardo no intervalo; e a individualidade dos Meninos da Vila. Neymar e Paulo Henrique Ganso só não fizeram chover na segunda etapa.

A partida começou com uma desatenção dos defensores, logo aos 2 minutos, Alex Silva bobeou na entrada da área e foi desarmado por Neymar. O garoto área e finalizou com o pé esquerdo, Rogério tocou e a bola beliscou a trave tricolor. Um pouco depois, Marlos deu a resposta, roubou a bola de Danilo na intermediária e disparou rumo à área. O camisa 11 são-paulino só parou no zagueiro Durval, que travou na hora do chute.

O São Paulo, jogando com a torcida a favor, precisava mostrar sua força. Aos 32, Dagoberto fez fila e chutou de esquerda. Um minuto depois, ele aproveitou falha de Jonathan - mais um defensor dando bobeira no clássico - e arrematou para boa defesa de Rafael. Na sobra, Ilsinho ainda parou na muralha santista novamente.

Se a primeira etapa não terminou da maneira como começou, de forma alucinante nos primeiros minutos, ao menos deu a promessa de um segundo tempo um pouco melhor.

Na volta para o segundo tempo, Muricy Ramalho voltou ao seu esquema tático predileto, 3-5-2, colocando Bruno Aguiar no lugar de Zé Eduardo, que pouco havia feito e aproximando Ganso e Elano do ataque.

Primeiro, Neymar colocou o Jonathan na cara do gol, mas Juan atrapalhou o santista na hora do chute. Em seguida, o garoto enxergou Jonathan novamente no lado oposto do ataque. Já dentro da área, o ex-cruzeirense hesitou em chutar e cruzou para Léo emendar torto. Neymar quase aproveitou de letra.

O São Paulo era um time desorganizado em campo, e o que parecia inevitável aconteceu aos 15 minutos com Elano. Ganso recebeu na área, ganhou da zaga adversária e cruzou na cabeça do camisa 8. Gol de Elano, para abrir o marcador no Morumbi.

O Tricolor, em um momento de desespero, se lançou ao ataque, especialmente após a entrada de Fernandão. Com investidas atrapalhadas, o time são Paulino esperava uma sobra na área para que o atacante aproveitasse. Mas a zaga santista estava atenta e na frente era só deixar que Paulo Henrique Ganso resolveria.

Aos 27, o maestro do Peixe lançou Neymar e o camisa 11 se viu diante de dois marcadores dentro da área. Como um jogador experiente, Neymar parou a jogada e enxergou Ganso vindo por trás. O camisa 10 tocou de primeira e deu números finais ao jogo.

Nos minutos finais, Elano ainda teve de sair de campo machucado, foi substituído por Adriano. Já sem esboçar qualquer reação, coube ao Tricolor tocar a bola e tentar abrir espaços, mas a tão criticada zaga do Santos manteve-se impenetrável. Agora o Santos enfrentará a equipe do Corinthians pela final do Campeonato Paulista.

FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 0X2 SANTOS

Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 30/4/2011 - 16h
Árbitro: Raphael Claus
Auxiliares: Luis Alexandre Nilsen e Guilherme Ceretta de Lima

Renda/público: R$ 1.232.468,00 / 44.675 pagantes
Cartões amarelos: Casemiro, Miranda, Juan (SPO); Ganso (SAN)
Cartões vermelhos: -
GOLS: Elano, 15'/2ºT (0-1); Ganso, 27'/2ºT (0-2)

SÃO PAULO: Rogério Ceni, Xandão, Alex Silva, Miranda; Jean, Casemiro (Fernandão 18'/2ºT), Carlinhos, Ilsinho (Willian 44'/2ºT) e Juan; Marlos (Rivaldo 24'/2ºT) e Dagoberto. Técnico: Paulo César Carpegiani.

SANTOS: Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro 29'/2ºT); Arouca, Danilo, Elano (Adriano 34'/2ºT) e Ganso; Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar, intervalo). Técnico: Muricy Ramalho.

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