João Vitor,
Quem tomou a iniciativa do jogo foi o Palmeiras, que sempre saía ao ataque explorando o lado direito da defesa do Santo André, sempre com Luan. A primeira finalização de perigo viria aos 3 minutos quando o volante Marcos Assunção cobrou falta e Neneca espalmou.
A equipe alviverde permanecia por muito tempo no campo ofensivo, mas encontrava dificuldades para penetrar na área da equipe do ABC Paulista. Até que, aos 20 minutos, Kléber fez jogada individual, driblou o zagueiro e forçou a queda. O árbitro Guilherme Cereta marcou a penalidade. Kleber mesmo bateu, Neneca fez grande defesa mas a bola subiu e o “Gladiador” pegou o rebote e marcou o primeiro gol Palmeirense, contando com a desatenção da zaga do Santo André.
O Palmeiras continuava insistindo nas saídas pelos lados do campo. Tinga, pela direita, e Luan pela esquerda, eram as “válvulas de escape” do alviverde. A marcação do Santo André se fortificou um pouco mais pelo lado esquerdo do setor defensivo, anulando um pouco o futebol de Tinga e abrindo espaços para Luan atacar pelo lado esquerdo palmeirense.
Aos 35 minutos, o Santo André chegou com muito perigo, Aloísio recebeu a bola na intermediária e soltou a bomba do meio da rua. A bola passou à direita do gol defendido por Deola.
Aos 37, o Palmeiras respondeu. Kleber fez excelente jogada pelo setor direito e cruzou para Luan que, de primeira, mandou por cima.
Além de Luan, um jogador de destaque no Palmeiras era o volante Márcio Araújo. Solidez e tranquilidade na marcação.
Aos 40 minutos, Danilo apareceu como um ponta direita e cruzou na cabeça de Luan que subiu sozinho, mas cabeceou por cima. Chance clara perdida pelo camisa 21 do Palmeiras.]
Com a frouxa marcação pelo setor direito defensivo do Santo André, Felipão, treinador Palmeirense pedia à Rivaldo, atuando na lateral esquerda, para que atacasse com mais freqüência, pois a ultrapassagem seria feita facilmente.
Fim do primeiro tempo onde se viu um Palmeiras muito seguro em campo e um Santo André preso em seu próprio campo.
Segundo Tempo
O técnico Sandro Gaúcho promoveu duas mudanças na segunda etapa. Entrou Borebi no lugar de Igor e saiu Magno para a entrada de Vitor Hugo. O treinador tentou, assim, adiantar a marcação e aumentar a mobilidade ofensiva.
E, logo aos 35 segundos, o Santo André mostrou que tentaria mudar a postura na segunda etapa. Num chute de Igor, a bola pegou um efeito e quase enganou Deola que fez grande defesa.
Aos 4 minutos, o jogo foi paralisado devido à um problema fora do campo. Uma bomba de gás lacrimogêneo foi lançada e alguns jogadores chegaram a passar mal. A polícia não havia descoberto o responsável pelo lançamento. O jogo ficou paralisado por cinco minutos.
Com a parada, claramente o jogo esfriou. Apenas aos 18 minutos, outra jogada de perigo. Belo passe de Tinga para Luan que soltou a bola para a bela defesa de Neneca. Tinga, que fez no jogo o papel de um terceiro volante que marcava e saía para o jogo com qualidade, pelos lados do campo.
O Palmeiras dava espaços na segunda etapa e mostrava a diminuição clara de ritmo no jogo. Felipão demonstrava a clara insatisfação com a sua equipe, dizendo: “Até lateral eles querem enfeitar”. Felipão queria uma equipe atuando de forma séria, sem medo de dar chutão para a frente.
Luan escapou pela esquerda e Sandoval deu o carrinho por trás. Pênalti claríssimo marcado pelo árbitro. Kleber foi para a cobrança e bateu forte, no canto direito de Neneca, que fez a defesa espetacularmente. Mas as coisas são engraçadas. Após a cobrança de escanteio, a bola foi desviada e quem estava lá para empurrar para o gol? Kleber. O ‘Gladiador’ marcou o 5º dele na Copa do Brasil e o segundo do Palmeiras no jogo. 2 a 0. Mais um alviverde surgido após cobranças de faltas e escanteios, nas chamadas (erroneamente) bolas paradas. Dos dez gols anteriores, sete foram feitos nesse quesito.
O Santo André só foi oferecer perigo ao goleiro Deola aos 29, quando Borebi finalizou para a defesa do arqueiro palmeirense.
Aos 35, uma estreia no Palmeiras: Wellington Paulista. O novo camisa 9 palmeirense entrou em vaga cedida pelo “mago” Valdívia. A primeira mudança de Scolari no jogo. Nesse momento do jogo, o Santo André tentava atacar e o Palmeiras respondia nos contra ataques.
Aos 43, enfim a muralha foi derrubada. Após falta cobrada na intermediária, o zagueiro Anderson, ex-jogador do Corinthians, subiu sozinho e marcou de cabeça. Falha da zaga alviverde que não sofria gols há 500 minutos.
Ainda havia tempo para uma expulsão boba. Aos 51, Vitor Hugo deu um carrinho imprudente por trás em Danilo e foi expulso.
Final de partida. Palmeiras atuou com tranqüilidade. Tranqüilidade exagerada até, que o fez sofrer um gol bobo ao fim da partida. Um time caracterizado pela solidez na marcação e eficiência ofensiva.
Santo André 1x2 Palmeiras | |
1-Neneca 3-Anderson 4-Marcelo Godri 5-Sandoval 2-Alex 7-Magno (13-Vitor Hugo) 8-Walax 10-Aloísio 6-Dênis 11-Rychely 9-Igor (17-Borebi) | 22-Deola 2-Cicinho 23-Danilo 4-Thiago Heleno 11-Rivaldo 8-Márcio Araújo 20-Marcos Assunção (3-Chico) 17-Tinga 10-Valdívia (9-W.Paulista) 21-Luan 30-Kléber (35-João Vitor) |
Técnico: Sandro Gaúcho | Técnico: Luiz Felipe Scolari |
Estádio: Bruno José Daniel, em Santo André-SP. | |
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho e Márcio Luiz Augusto. |
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