segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

"Boleiros da Arquibancada" entrevista: Leonardo Figueiredo

De Belo Horizonte.
Por João Vitor Cirilo e Matheus de Oliveira.


07/02/11 - Amigos, trazemos até vocês mais uma entrevista com pessoas ligadas diretamente ao esporte, especialmente à comunicação. O entrevistado da vez é Leonardo Figueiredo, comentarista dos canais SPORTV/PFC. Léo gentilmente aceitou nos conceder essa entrevista que trazemos agora a vocês.


Jaime Júnior e Leonardo Figueiredo, em transmissão para o PFC.

Léo, primeiramente queremos agradecer-lhe pela disponibilidade e gentileza de nos conceder essa entrevista e dar a oportunidade para nós e nossos leitores conhecermos o seu trabalho. Bom, começaremos lhe perguntando sobre seu início na comunicação. Onde começou e quais os meios de comunicação em que já trabalhou?
Comecei na Rádio Itatiaia, onde fui estagiário, produtor e repórter. De lá segui para o “Aqui Esportes” na TV Horizonte e pras Rádios Globo/CBN. Em 2007 comecei a fazer jogos para o SporTV/PFC.

Como foi a decisão de se tornar jornalista esportivo?
Sempre fui apaixonado por esporte. Joguei futebol, vôlei, handebol e tênis. Antes de me formar em jornalismo, passei pela faculdade de Ed. Física. Não me vejo longe do esporte, seja da forma que for.

Todos nós temos um ídolo em que nos espelhamos. Quem mais te influenciou a seguir carreira na comunicação?
Ah, isso é complicado. São várias influências. No rádio, acredito que as maiores foram dos companheiros de “Panorama Esportivo” e “Enquanto a Bola Não Rola”: Gérson, Gilson Ricardo, Felippe Cardoso, (Oswaldo)Pascoal, Luiz Mendes, Mário Marra.. Na TV também admiro muita gente: PVC, Noriega, Bob (Faria), Renato (Maurício Prado), (André)Rizzek, (Marcelo)Barreto e tantos outros.

A pergunta que o ouvinte e o telespectador mais fazem: pra qual time de futebol torce o Leonardo Figueiredo?
Essa é clássica. Eu não acho necessário divulgar minhas escolhas. Mas nunca neguei a resposta quando perguntado (pessoalmente!). Não vejo problema. Cresci vendo futebol de tudo quanto é jeito. Na Europa, sou Real Madrid e Chelsea, declarado! Aqui, não tenho preferência entre Atlético, Cruzeiro e até mesmo o América. E quando digo o meu time de infância, as pessoas não acreditam. O importante é ressaltar que meu coração não entra em campo.

Como foi a mudança da Rádio Itatiaia para o Sistema Globo de Rádio?
Foi desafiadora. Na Itatiaia fui produtor e repórter, na Globo cheguei pra ser comentarista. Ao que muita gente pensa, comentar não é tão simples. É uma responsabilidade muito grande, ter a capacidade de falar, elogiar, criticar... Sem desrespeitar o profissional ou a entidade que está sendo falada. É uma linha tênue.

Léo, houve um período em que nós, ouvintes da Rádio Globo e CBN, sentimos a falta de seus comentários nas transmissões e participações das rádios. Agora, você está no Sportv e PFC. Desligou-se totalmente da Rádio Globo?
Totalmente seria mentira, pois parte do meu coração continua lá. Sem contar que sou ouvinte assíduo. Atualmente, só dou meus “pitacos” como convidado, mas no futuro, quem sabe, poderemos ter novidades.

Prefere trabalhar no rádio ou na televisão? E por quê ?
São situações diferentes. A televisão te dá mais visibilidade, tem mais recursos e requer uma postura mais centrada, sóbria. No rádio, a transmissão é mais alegre, mais solta, mais intimista. Sinceramente, não abro mão de nenhum dos dois.

Leonardo, pra você qual seria a equipe dos sonhos, do rádio e da TV? Quais os melhores comentaristas, plantonistas, repórteres e narradores?
Ah, eu jamais teria dinheiro pra juntar tanta gente boa! (risos) Seria injustiça montar uma equipe apenas. Mas lhe digo que uma característica ela teria de ter: alegria. Futebol é lazer, e precisa ser tratado como.



Às vezes notamos em alguns comentaristas que os mesmos parecem ser “podados”, talvez por estarem em um grande meio de comunicação. Já foi alguma vez impedido de comentar algo que teve vontade de falar?
Nunca. Graças a Deus não passei por este tipo de situação. Tanto na Itatiaia, quanto na TV Horizonte, na Globo/CBN e no Sportv, nunca me impediram de dizer nada.

Como foi a passagem pela TV Horizonte, no Aqui Esportes?
Foi espetacular. O “Aqui” é uma família. Lá aprendi muito sobre TV, apresentei programas... Foi decisivo na minha carreira. Sou muito grato ao Son Salvador, Daniel, Ivan e Pollyanna.

Qual o tipo de preparação feita por você quando vai transmitir algum evento, no aspecto de estar bem informado a respeito dele?
Eu estudo, como todos os outros. Mas estudo todos os dias. Reviro o GloboEsporte.com dos pés à cabeça todos os dias. Leio clube por clube, campeonato por campeonato. O Twitter também ajuda muito, pois sigo muita gente boa que me mantém informado o tempo todo.

Qual seu conceito sobre a participação das mulheres no jornalismo esportivo?
Elas já fazem tudo melhor, porque não o futebol também? (risos) Acho muito bacana. As mulheres têm uma visão menos viciada do que dos homens, e isso pode somar muito ao jornalismo esportivo. Hoje elas têm o mesmo acesso a tudo e são capazes de trabalhar da mesma forma. Só que ainda estou esperando uma narradora de futebol, principalmente no rádio, seria bem legal.

O que você acha dos Estaduais? São mesmo necessários ou seriam mais interessantes disputas como a Sul-Minas, Rio-São Paulo, etc?
Não são tão necessários para os clubes grandes, mas acabar com os estaduais seria a extinção dos pequenos. Digamos que é um mal necessário.

O que esperar do futebol mineiro nesta temporada?
Eu espero muito. Espero que o Dorival dê um jeito no Atlético, porque no papel o time é muito bom. Espero que o Cruzeiro tire o escorpião do bolso e contrate, porque tem time pra brigar por tudo. E que o América se desdobre pra não sofrer tanto na Série A.

Para finalizar, gostaríamos que desse dicas àqueles que desejam, um dia, se tornar bons comunicadores esportivos.
Estudem, estudem muito. Leiam uma vez, leiam de novo, decorem. Não tenham vergonha de perguntar, questionar. Pois de futebol todo mundo entende e você tem de estar sempre um passo à frente, pra justificar a credibilidade que lhe é dada.

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